TRT pede punição a advogado que xingou juíza ao compartilhar tela sem querer

“Que filha da puta”, escreveu

Juíza decide abandonar caso

Cena viraliza; assista ao vídeo

A juíza substituta Edineia Carla Poganski Broch, da 3ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR), visualizou mensagem ofensiva escrita por advogado durante audiênciaReprodução/Twitter

PAULO MOTORYN

O TRT-9 (Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região) pediu à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) punição ao advogado Raphael Bueno da Silva, que compartilhou tela com xingamento aparentemente direcionado à juíza substituta Edineia Carla Poganski Broch, da 3ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR). O episódio se deu em audiência por videoconferência realizada em 22 de março.

Em ofício (íntegra – 190 KB) encaminhado à seccional paranaense da OAB nessa 4ª feira (7.abr.2021), os juízes Sergio Murilo Rodrigues Lemos e Nair Maria Lunardelli Ramos afirmaram que o advogado “demonstrou atuação descortês” ao digitar mensagem enquanto estava compartilhando tela.

A juíza Edineia Carla Poganski Broch, também nessa 4ª (7.abr), declarou sua suspeição no caso. Dessa forma, de acordo com o TRT-9, a sequência do processo será conduzida por outro magistrado.

O vídeo com o momento da audiência viralizou nas redes sociais. Uma das publicações do vídeo no Twitter, feita na 3ª feira (6.abr) por perfil denominado Advogato de Schrödinger, contava com mais de 1 milhão de visualizações na manhã desta 5ª (8.abr).

Assista (3min 29s):

Na peça, o advogado, sem perceber que está compartilhando a tela do próprio computador com todos que participam da videoconferência, acessa o WhatsApp Web e, em conversa particular, faz um comentário ofensivo que todos puderam ler, inclusive a juíza. Não fica claro quem seria o alvo do xingamento.

Tela do WhatsApp Web do advogado Raphael Bueno da Silva exibida durante a audiência com a mensagem: “Que filha da p…”Reprodução

Em seguida, a magistrada chama a atenção do advogado: “Foi registrado o que o senhor digitou”.

“Não estou falando de Vossa Excelência, estou falando da situação”, responde Raphael Bueno da Silva. O constrangimento dura alguns segundos e o advogado termina pedindo desculpas.

“Esse não é o tipo de linguajar e comportamento que se espera de um advogado, não é verdade?”, diz ainda a juíza. “Espero que isso não se repita. É lamentável. É lamentável, realmente.”

Por Poder360.

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