Servidores participam de mais uma etapa do projeto “Equidade de raça, gênero e diversidade no atendimento público municipal”

FORMAÇÃO

Os Agentes Comunitários de Saúde serão os próximos a receberem a capacitação

Por João Rodrigues

O projeto “Equidade de raça, gênero e diversidade no atendimento público municipal” desenvolvido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Governo e Projetos Estratégicos (Segov) teve mais uma etapa de formação no fim de semana. Na área da Saúde, os próximos a receberem a formação serão os Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A capacitação sobre o atendimento às populações indígena, negra, mulheres em situação de violência e LGBTQIAP+ foi realizada durante toda a manhã da última sexta-feira,19, nas dependências da Academia Imperatrizense de Letras (AIL), para servidores de pelo menos cinco secretarias.

A coordenadora do projeto, Edna Ventura, ressaltou que a formação vem conseguindo atingir as expectativas da coordenação e a meta é atingir todas as secretarias municipais para garantir o direito de toda pessoa humana de ter um bom atendimento no serviço público.

“Surgiu de uma necessidade de sensibilizar os servidores do município de Imperatriz para atender bem quem quer que seja, a pessoa LGBTQIAP+, a pessoa negra, a criança, a mulher em situação de violência e a pessoa indígena. Todas precisam, merecem e têm a garantia, por lei, de serem bem atendidas no serviço publico municipal e em qualquer espaço”, explicou Edna Ventura.

O titular da Segov, Eduardo Albuquerque, ressaltou no evento a importância do projeto em prol de uma sociedade melhor. E lembrou que o fato do preconceito, infelizmente, ser algo cultural que ocorre ao longo dos anos, não pode prevalecer sob nenhuma hipótese. E revelou que o programa já atingiu 2.600 servidores com a qualificação e a meta é alcançar todas as secretarias municipais este ano.

“O servidor municipal corre muito com as demandas do trabalho em si, mas o atendimento ao público, não pode ser tratado como se não fosse uma pauta importante. Talvez seja uma das mais importantes e a gente precisa se atualizar. Não deixa de ser uma atualização e um momento de reflexão e também de orientação com as demandas que o público traz para o serviço”, disse a psicóloga Zaira Caram, que integra a coordenação do projeto.

Fundador do coletivo Arco-íris, ONG que defende os direitos das pessoas LGBTQIAP+, criada há três anos, disse que capacitações como essa são de grande valia.

“Muitos servidores estão me procurando em busca de orientações, ajudas, sedimentar o público mesmo, humanizar, não fazer distinção de raça, cor, gênero, credo, e a ideia dessa parceira da Segov com o Movimento Negro e Movimento LGBT é mesmo procurar sim um atendimento ao público humanizado. Entendo que o atendimento ao público tem que ser eficiente, são cidadãos e cidadãs que procuram o atendimento ao público e com a população LGBT, indígenas e população negra não pode ser diferente”, disse, Fernando Brasil, ressaltando que já percebeu avanços, embora tímidos, a partir de 2022 com o início do trabalho pela Segov e parceiros.

Em sua exposição, a professora Eró Cunha, militante do Movimento Negro, citou exemplos de casos de desrespeito e falta de humanidade com os negros que eram vendidos pelos senhores da época colonial e comparou com os dias atuais. Segundo ela, o racismo ainda existe, apesar de ser crime e precisa ser combatido e desaparecer.

ASCOM/ITZ

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