COMPROMISSO
Encontro dos trabalhadores com os secretários de Governo e de Planejamento Urbano foi realizado na manhã desta quinta-feira
Por Hemerson Pinto
Os vendedores atenderam ao convite da Prefeitura, e na manhã desta quinta-feira (29) se reuniram no Palácio Renato Cortez Moreira, com o secretário de Governo, Eduardo Soares, e com o secretário de Planejamento Urbano, Alessandro Pereira, para a primeira reunião pela busca de alternativas para o remanejamento de todos os que trabalham na Praça de Fátima, espaço de propriedade da Diocese de Imperatriz, e que passará por reforma. Na última terça-feira (27), o prefeito Assis Ramos manifestou o apoio para encontrar uma solução, momento em que se reuniu com bispo Dom Vilsom Basso e assinou Termo de Cooperação Técnica.
A reunião contou com a presença de 26 pessoas que trabalham na Praça de Fátima, centro da cidade, com pontos fixos de funcionamento 24 horas, a exemplo de lanchonetes, outras com barracas de comidas, montadas em apenas um período, feirantes, vendedores ambulantes e taxistas. O projeto de reforma e ampliação da Catedral Nossa Senhora de Fátima e da Praça de Fátima, prevê a saída dos diversos ramos de atividades comerciais, não apenas durante a obra, mas definitivamente.
Desde a assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre Prefeitura e Diocese, os vendedores passaram a ter 60 dias para deixarem o local. A participação do Município nesse processo é organizar a saída e encontrar um, ou mais espaços, para que todos possam continuar suas atividades, gerando renda e emprego.
Durante o encontro com os secretários, os vendedores e taxistas reconheceram o compromisso da Prefeitura. “Sabemos que vocês estão dispostos a encontrar uma alternativa e por isso estamos aqui hoje, para ouvir, opinar e buscar a melhor solução para todos nós”, comentou Maria Raimunda, que na Praça de Fátima mantêm há anos a atividade com brinquedos, como pula-pula.
O secretário de Planejamento Urbano, Alessandro Pereira, informou que o momento é de conversar e ouvir todos os trabalhadores, para que as decisões tomadas sejam favoráveis a todos. “Vamos discutir para escolher esse local, ou mais de um local, para serem feitas adequações, obedecendo ao Código de Postura de Município, e de maneira que ninguém fica prejudicado. Entendemos que ao longo dos anos a Praça de Fátima virou um centro gastronômico. Haverá essa mudança, pela Diocese, proprietária da área. Então, estamos iniciando esse debate hoje para ouvi-los, encaminhar as sugestões ao prefeito Assis Ramos, e juntos encontrarmos a solução.”
Para o secretário de Governo, Eduardo Soares, “o momento é de ouvir, apresentar algumas das alternativas que pensamos, encontrar outras apresentadas por eles e encontrar lugares para todos. Se a gente pudesse não fazer a mudança, assim, a gente não fazia, mas o local onde todos trabalham já muitos anos, é uma área privada, da igreja católica, e agora vai passar por reforma e ampliação”.
Entre os vendedores, Edivaldo Oliveira, o Chico do Bode, que há 23 anos vende comida na Praça de Fátima, disse que ficou confiante com o apoio da Prefeitura. “Vamos conversar e juntos com o Município vamos encontrar a melhor saída”.
Paula Boaz relatou a importância histórica que a Praça de Fátima tem na vida dela e da família. “Todos aqui também de alguma forma contribuíram, de alguma forma, ao longo de todos esses anos, criando famílias com o sustento tirado dali, para que aquela praça seja hoje como ela é, com a estrutura que ela tem”, disse, defendendo a ideia dos vendedores conseguirem uma reunião com a Diocese, em busca de outra saída, ou até mesmo de mais prazo, opinião apoiada pelos demais vendedores.
Quanto à participação que cabe à Prefeitura, os secretários apresentaram locais como o Panelódromo, Shopping da Cidade, Praça União, entre os pontos que podem ser preparados para receberem os vendedores da Praça de Fátima, ideias reforçadas com as dos próprios trabalhadores, apresentando propostas como a Praça Mary de Pinho e Praça da Cultura.
A reunião gerou um cadastro com nomes dos vendedores, contatos e ramos de atividades. A Prefeitura deve marcar também reuniões específicas para tratar sobre situações de cada ramo de atividade existente na Praça da Fátima, tanto as que envolvem pontos fixos, quanto as que funcionam com montagem e desmontagem diária de barracas.