O presidente do PSD em Goiás, Vilmar Rocha, falou ao jornal O Hoje, nesta terça-feira (21/12), corroborando recente entrevista de Gilberto Kassab, líder nacional do partido, que afirmou que, em hipótese alguma, a legenda apoiará Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um primeiro turno na corrida presidencial do ano que vem. Vale frisar que Geraldo Alckmin, nome cotado para vice de Lula, saiu recentemente do PSDB e está em negociações para se filiar ao PSD. No entanto, nenhuma decisão ainda foi tomada.
No domingo (19/12), Alckmin e Lula participaram do “Jantar Pela Democracia”, onde posaram juntos, reforçando a possibilidade de caminharem juntos nas eleições de 2022. Mas, caso isso ocorra, não será pelo PSD. Kassab, que também participou do evento, não participou da foto para não dar a falsa impressão de um apoio ao petista. “Temos um pré-candidato [à presidência]. É Rodrigo Pacheco. Se ele não for candidato, apoiaremos outro”, afirmou Rocha.
“O Alckmin é nosso amigo e nós convidamos ele para vir para o PSD para ser candidato a governador de São Paulo. Depois disso, as coisas avançaram e ele admite a hipótese de que ele poderia ir para o PSB ser vice do Lula. Se isso ocorrer, teremos outra opção em São Paulo. Faremos outra articulação dentro da ideia de ter uma candidatura própria”, informou o líder estadual. Entre os nomes cotados para o governo de São Paulo, poderiam ser, inclusive, o próprio Kassab, embora ele tenha adotado a missão partidária como sua causa maior.
“Hoje o quadro é esse. Pode mudar ou pode não mudar. Apoio ao Lula no primeiro turno está completamente descartado”, afirma Vilmar Rocha. “Primeiro turno não faremos aliança com Lula e muito menos com Bolsonaro”, ressaltou.
Mesmo assim, para o presidente estadual, ainda é cedo para falar de segundo turno, já que muita coisa pode acontecer até as convenções partidárias, que ocorrem apenas no meio do ano que vem. “Sempre defendemos uma terceira via. Não achamos que Bolsonaro, manter o descontrole do país, ou o Lula, é um passo à frente. Não encontramos ainda, mas vamos insistir até o final por um candidato que representa renovação, mudança. O nosso pré-candidato, o Rodrigo Pacheco, preenche essas qualificações. O problema agora é viabilizar política e eleitoralmente a candidatura dele. Esse é o desafio que temos. Ele é um cara jovem, bem formado, com experiência política, de um estado importante, moderado”, ponderou.
Fonte: O Hoje