Os mais açodados, ao depararem com o título proposto, logo diriam, espantados, que o escriba desconhece a história da “Revolução Soviética” já que, como se sabe, o poder que se acha dominante, encastelado no Palácio dos Leões, se proclama bolchevique. Correto?
Contudo, não seria uma ousadia afirmar que os fatos narrados no bojo da investigação da Polícia Nacional, executora da “Operação Pegadores”, remontam à tida alvissareira primavera russa de 1917.
Tal como no passado, segundo historiadores de escol marxista, o governo corrompido cambaleava em descrédito por chefiar uma quadrilha de salteadores do dinheiro público enquanto a pobreza grassava, fazendo prosperar a fome e a miséria. Uma inflexão ao passado, comparando ao presente, há quem sustente que o momento por que passa o Maranhão demonstra algo mais grave que aquele vivido naqueles gélidos tempos idos posque que o estrondoso esquema de roubo de verbas públicas da saúde, montado para alimentar, inclusive a luxúria dos chamados trânsfugas do “ideário comunista”, impediu que milhares de vidas fossem salvas nos sucateados hospitais maranhenses mesmo três anos depois da proclamação da “mudança”.
Assim, posso concluir, “com o risco de parecer ridículo”, como dizia Che Guevara, que o modelo de gestão criminosa detonado pela PF, na Operação Pegadores, não é, de fato, pelos fundamentos históricos esboçados, algo paradoxal àquele que justificou a queda do czar, na antiga Rússia.
Com a palavra, os comunistas.
Postado pelo professor Nonato, do PSB