ESPORTE
Um dos maiores eventos esportivos do Maranhão fez com que a antiga participante encontrasse uma paixão para a vida toda
Por Ariel Rocha
A pequena tatuagem de um bicicleta no antebraço já entrega de primeira mão uma forte ligação com o ciclismo na vida de Maria Clara Silva. Pedaladas essas que começaram a ser trilhadas graças aos Jogos Escolares Imperatrizenses (JEIs). A marca está na pele e no coração, recheada de memórias criadas a partir do maior evento esportivo escolar local.
A história dela com os JEIs iniciou em 2018, mas em uma modalidade totalmente distinta daquela que se tornou sua paixão na edição seguinte da competição. Naquele primeiro ano de sua participação, aos 16 anos de idade, se inscreveu no evento na equipe de Futsal de sua escola, mas sem grandes resultados nas disputas.
Mas aí o jogo virou e o placar ficou diferente.
Foi a partir de uma pequena mudança, promovida por um professor seu na época, que ela teve contato com aquilo que realmente queria fazer. Em 2019, inscrita também no Futsal, competiu ao mesmo tempo no ciclismo, por insistência do professor. “Pude me conhecer mais, com oportunidades diferentes, abriu olhares para novas coisas. Foi onde conheci o que realmente queria ser, onde eu queria estar”, explica sobre a descoberta com o novo esporte.
Competindo pela primeira vez naquela edição de 2019 na modalidade, conquistou com sua bike ouro e prata, tendo uma vaga garantida nos Jogos Escolares Maranhenses daquele ano. Voltou da etapa estadual com ouro, duas pratas e o prêmio de atleta destaque. Pronto! Mesmo sendo sua primeira vez na modalidade, foi apenas o pontapé inicial de uma grande paixão em sua vida.
Infelizmente, em seu último ano no Ensino Médio, mesmo estando muito preparada para mais um ano, ela não pôde participar novamente dos Jogos Escolares Imperatrizenses. Tudo por conta da pandemia da Covid-19, que paralisou o evento esportivo em 2020 e também 2021. Mas isso não configurou em nenhum tipo de impedimento para que Maria Clara continuasse vivendo sua história em cima da bike.
Mesmo com os JEIs paralisados, ela prosseguiu participando de outras competições de ciclismo no Maranhão e em outros Estados. A paixão é tão forte, que decorreu na sua decisão em cursar Educação Física, estando atualmente no quarto período do curso. “Quando eu competi pela primeira vez no ciclismo, eu sentir a magia do esporte. Eu vi que ali era onde eu queria estar inserida, seja como competidora, acadêmica ou como professora. Os Jogos Escolares não são apenas uma competição, é um evento que pode abrir muitas portas na vida de quem participa”, reforça sobre a importância do evento.
ASCOM/ITZ