ENTREVISTA – Assis Ramos diz que avalia continuidade da zona azul em Imperatriz

Prefeito quer reunir segmentos da sociedade para ouvir opiniões sobre a modalidade de estacionamento rotativo pré-pago

Por Gil Carvalho

O prefeito Assis Ramos, durante entrevista concedida nessa sexta-feira (17) ao programa Mano Santana, na Rádio Mirante FM, em Imperatriz-MA, informou que o município está procurando ouvir a opinião da população sobre o que acham do serviço Zona Azul. Sistema de estacionamento rotativo pré-pago que faz o gerenciamento das vagas de forma terceirizada por uma empresa.

“Ainda não tive retorno do resultado, mas além de uma enquete no site da Prefeitura, vamos reunir com diversos segmentos”, comentou ao observar que, ontem passou pelo setor do Mercadinho, conversou com alguns comerciários e comerciantes sobre o funcionamento da Zona Azul em Imperatriz.

Ele assegurou que desde o princípio a intenção foi organizar as vagas de estacionamento, evitando filas duplas, congestionamentos e sinistros de trânsito na área comercial, principalmente nas áreas do Calçadão e das avenidas Getúlio Vargas e Dorgival Pinheiro de Sousa. “Esse foi nosso objetivo; não trouxemos nada criado da minha cabeça, pois grandes cidades utilizam do mesmo serviço”, pontuou.

E outro trecho da entrevista, Assis afirma que “houve falhas de comunicação da empresa que gerencia a zona azul, principalmente em relação ao uso do aplicativo”. “Tenho que admitir que não preparamos a população para essa novidade (zona azul)”, admite.

Além disso, o prefeito, em outro trecho da entrevista, diz que a oposição, maldosamente, criou uma narrativa que o sistema rotativo de estacionamento pré-pago é ruim e, às vezes, lá nos povoados Embiral, 1700 ou no bairro Parque Alvorada, por exemplo, a pessoa que nem usou a zona azul já tem uma ideia que é ruim. “É narrativa maldosa criada na época da campanha política eleitoral”, completou.

Assis Ramos assinala que na condição de prefeito busca ouvir a cidade e diz que “neste período de funcionamento da zona azul todos tiveram um tempo de adaptação”. “Percebo que existe uma grande resistência da população, embora tenha faltado orientações e erros de cobrança por parte da empresa que administra a zona azul. Cheguei a fazer críticas diretas a eles (administradores), pois as pessoas passavam 5 minutos e quando ia pagar o ticket era cobrado R$ 20,00, Ou seja, a empresa não conseguiu orientar à população no sentido de baixar o aplicativo; essa responsabilidade não é somente da gestão”, acrescentou.

Ele entende que a empresa, que administra essa atividade de estacionamento rotativo pré-pago, precisava orientar [e, bem à população], pois vários casos de reclamação das pessoas chegaram a mostrar os valores que vinham sendo cobrados, após 5 minutos na zona azul. “Agora, tudo isso vai para conta de quem? do prefeito, mas disse a eles que, caso não melhorassem ou orientassem corretamente à população, posso tirar a zona azul de Imperatriz”, afirmou.

O prefeito Assis Ramos entende ainda que o assunto precisa ser exaustivamente conversado, pois tem ouvido pessoalmente a população e utilizado os meios de comunicação para ouvir a cidade. Falou também que pretende se reunir, o mais rápido possível, com os representantes da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz (ACII) e do Sindicato Rural de Imperatriz (Sinrural). “Gostaria que eles (entidades) repassem essas impressões sobre a zona azul. Tenho algumas informações favoráveis ao estacionamento rotativo que melhorou o comércio,” frisa.

Assis Ramos disse ainda que, “se o povo não quer a zona azul, vou ter quer tirar”, embora a intenção tenha sido de organizar o trânsito, “fazer com que acabasse com a ideia que Imperatriz é pequena; aqui é uma capital, cidade grande e precisa ser organizada, começando pelo Centro”.

O prefeito diz ainda que as pessoas que são favoráveis à zona azul não se manifestam; os que são contra ficam ‘gritando’ o tempo todo, fazendo uma narrativa que essa modalidade de estacionamento é ruim. “Tenho certeza que pessoas que nunca usaram a zona azul, é que dizem que é algo ruim. Outros que vem ao Centro e que não baixam o aplicativo”, ressalta.

“Se a pessoa baixasse o aplicativo, iria perceber que melhora a vida dele, quando for utilizar vagas de estacionamento. Fui eleito pelo povo, tenho que ouvi-lo, e vejo essa resistência. O povo é que me mantém na Prefeitura. Se for da vontade do povo, não temos nenhum constrangimento de recuar, mas preciso ouvir a população em geral, e as pessoas diretamente atingidas. E vamos fazer isso, e no futuro bem próximo vamos definir o que fazer”, concluiu.

ASCOM/ITZ

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