O desabamento de uma estrutura na fachada da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Operária, ocorrido na manhã desta sexta-feira, com saldo de uma pessoa ferida e dois carros danificados, voltou a escancarar o sucateamento da saúde pública estadual no governo Flávio Dino (PCdoB). O incidente foi apenas um entre os incontáveis fatos negativos já registrados nos últimos três anos em unidades de atendimento hospitalar do Estado, que reforçam que o descaso e o retrocesso são marcas registradas do setor desde o início do governo comunista.
Como se não bastasse ser, por natureza, um ambiente onde a dor e a agonia são constantes, a UPA teve sua rotina ainda mais abalada pela queda da estrutura frontal do prédio, que incluía o suporte da placa de identificação da unidade e tubulação por onde escoava a água da chuva.
Localizada no trecho mais movimentado da Cidade Operária, a unidade virou o centro da atenções para uma multidão de curiosos, que observavam alarmados, do lado de fora, o socorro à vítima, dando a impressão, nos primeiros momentos, de que ocorrera uma tragédia.
A aglomeração popular gerada pela queda fachada agravou o caos vivenciado por pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde em cada turno de atendimentos na UPA e reforçou a certeza de que a saúde do povo deixou de ser prioridade para tornar-se um mero detalhe.
Nota do governo
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) atribuiu o desabamento às fortes chuvas e ventos registrados desde a noite da quinta-feira (18) e comunicou que a Gerência de Engenharia da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) acionou, imediatamente, a empresa contratada, que já realiza atividade corretiva na unidade. A Secretaria informa, ainda, que a unidade recebe serviços de manutenção todo mês.
Por Daniel Matos