Inclusão educacional, interação social, promoção da cidadania e respeito são alguns dos objetivos da iniciativa
IMPERATRIZ – Através da música, alunos da Escola Santo Inácio de Loyola (Bacuri), que integra a rede municipal de ensino de Imperatriz, aprendem a Língua Brasileira de Sinais, Libras. Idealizado pela professora Maria Celia Ribeiro de Araújo, o projeto “Aquarela em Libras” é desenvolvido com ajuda de Eliene Brandão Nogueira, do quadro de apoio da escola e pelo intérprete de Libras, Paulo Roque Amarante da Conceição.
As ações tiveram início em março deste ano quando a escola recebeu o aluno Jeferson Franco de Paula, com perda de audição. “Cerca de 27 alunos participam das aulas nas manhãs de sexta-feira. Elas foram pensadas pela professora Maria Celia que também tem perda de audição e percebeu a necessidade de proporcionar maior interação de Jeferson com os demais alunos”; afirmou Liana Santos, pedagoga da unidade escolar.
Emocionado e tímido, Jeferson com ajuda do intérprete, falou o que sente por ter sido a inspiração desta iniciativa. “Tudo mudou após esse projeto pois antes eu falava apenas com o intérprete e, com a chegada do projeto, eu conheci e falo com outros alunos e eles começaram a me entender”.
Maria Cecília fala da motivação em direcionar os alunos neste sentido. “Sou professora do município há mais de 30 anos, aposentada mas continuo trabalhando. Para mim é uma alegria desenvolver estas aulas que tem como eixo articulador o elemento lúdico e partem de noções do cotidiano social como perguntas, saudações, dias da semana, números, alfabeto e músicas”.
A gestora da escola, Rosilene Silva Loyola, esclareceu que as atividades ocorrem uma vez por semana e foram iniciadas com a aprendizagem da música “Aquarela” de Toquinho. “O projeto objetiva melhorar a comunicação dos surdos e ouvintes no espaço educacional, na perspectiva de promover maior integração e sociabilidade, quebrando barreiras e preconceitos e incentivando a interação em grupo. Além de promover a cidadania e o respeito ao próximo”; acrescentou.
Sobre a importância da participação nesta ação, Maria Oliveira Lopes, 13 anos, aluna da escola, afirma: “Esse projeto é muito bonito, aprendemos a nos comunicar através das mãos e do olhar. Assim, vamos criando um sentimento”.
A iniciativa conta ainda com a colaboração do aluno Weslem Costa Luz Silva, da coordenadora pedagógica da escola, Lucimar Rodrigues Maciel e da secretária Nayare Figueiredo de Oliveira.
ASCOM/PMI