Duas funcionárias que alugavam nome e CPF foram retiradas do “Bolsa” e da folha dos vereadores.
Os movimentos são de quem tenta apagar as provas de um crime já tantas vezes denunciado, as chamadas “FRATURAS EXPOSTAS” do presidente da Câmara Municipal, José Carlos Soares, na escandalosa folha de pagamento dos funcionários do legislativo imperatrizense.
Manoel Clementino de Oliveira, Irenir Ribeiro da Silva, Silva, Diana de Araújo Brito e Scheila de Oliveira Sousa foram nominalmente citados, com provas documentais, como pessoas que integravam a folha de salários na qual só se entra por nomeação exclusiva do presidente Pé de Pato. Simultaneamente, como miseráveis na forma da lei, eram do Bolsa Família, programa de distribuição de renda do Governo Federal para quem se situa abaixo da linha da pobreza.
Na realidade, Manoel, Irenir, Diana e Scheila são do exército de funcionários fantasmas da Câmara Municipal, “lagartas” na folha. Há evidências de que há quem nem receba o valor descrito no contracheque; emprestam o cartão e a senha (se o Ministério Público e a polícia quiserem, verão nas imagens dos caixas eletrônicos quem, de fato, saca os valores).
Manoel, depois das primeiras denúncias, esteve pessoalmente na Sedes, no balcão do CRAS, Centro de Referência de Assistência Social. Nervoso, ele exigiu a retirada do seu nome do cadastro do Bolsa Família, ameaçou ir à justiça, isso depois e 54 meses ininterruptos recebendo o benefício paralelamente ao salário de R$ 3.334,64 (nunca variou, nem para cima e nem para baixo) da Câmara Municipal.
Sheila foi sacada da folha da Câmara Municipal em fevereiro deste ano, depois de ter recebido 16 meses, na base dos R$ 4.020,00; ela é diarista, mora num casebre da Vila Redenção e ainda está no Bolsa Família. Irenir e Diana, depois da denúncia, foram suspensas do Bolsa Família em março; a primeira Pé de Mato demitiu no final de março e a segunda resiste (recebeu R$ 2.016,79 na folha de abril – a folha de maio ainda não apareceu no Portal da Transparência).
O que não se pode negar é que o presidente da Câmara Municipal é um sujeito de muita sorte, invisível perante as autoridades. São dezenas de casos, documentados, denunciados pelos blogs e redes sociais chegando ao absurdo de fazer de “laranja” beneficiários de um programa federal. Por muito menos do que isso, um caso só, o filho do presidente, Flávio Bolsonaro, senador da República, está todo enrolado. Como diz o jornalista e admirador Capilé, “Zé Carlos é desses que têm coragem de mamar em onça”.