Essa é a essência da natureza humana, a possibilidade de opiniões heterogêneas frente fatos da nossa vida, em todos os múltiplos aspectos. E isso não faz um mais ou menos inteligente que o outro. Significa apenas que têm opiniões diferentes. E muitas das vezes conduzimos nossas vidas acercando mais naqueles que comungam de opiniões semelhantes.
No cardápio podem estar temas relacionados a economia, privatizações, função do estado, corrupção, respeito ao dinheiro público, direitos humanos, ideologia de gênero, aborto, dentre outros relevantes. Um dos temas a ser analisado pelos eleitores é quanto a destinação de recursos públicos, diga-se do nosso suado dinheiro, fruto do nosso trabalho, que transferimos ao Estado mediante os tributos que nós pagamos, e que não são poucos, diga-se de passagem.
Fato 1: o BNDES tem um “programa de financiamento à exportação de serviços de engenharia”. São recursos destinados para a empresa brasileira responsável pela obra ou pela exportação de bens e serviços ao país estrangeiro. Quem paga ou deveria pagar o financiamento, com juros em dólares, é o país destinatário do empréstimo.
Fato 2: para financiar obras de infraestrutura, nos governos Lula e Dilma, o BNDES, foram assinados contratos estimados hoje em quase R$ 14 bilhões.
Fato 3: A Venezuela, por exemplo, recebeu dinheiro para construir uma usina, um estaleiro e o metrô de Caracas. Já Cuba modernizou o porto de Mariel (R$ 4,2 bilhões), enquanto Moçambique investiu num aeroporto. Países estes totalmente alinhados ideologicamente ao PT, partido que estava no comando quando realizados os empréstimos.
Fato 4: As empresas brasileiras que tiveram acesso a tais financiamentos facilitados para obras no exterior foram Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Camargo Correa e OAS, todas que, “por coincidência”, estavam envolvidas na Operação Lava-Jato.
Fato 5: Nenhum dos três países honrou o compromisso de pagamento ao Brasil dos empréstimos feitos. Os calotes já somam R$ 5,2 bilhões. A Venezuela deixou de pagar dívidas de R$ 3,45 bilhões, Moçambique não quitou R$ 641 milhões e Cuba deu um calote de R$ 1,12 bilhão. E outros R$ 3,19 bilhões vencem em um futuro próximo.
Fato 6: Os empréstimos para esses países estão cobertos pelo Fundo de Garantia à Exportação, vinculado ao Tesouro Nacional. Ou seja, se os países não pagam, o meu e o seu dinheiro cobrem os calotes junto ao BNDES. Em 2018 o governo brasileiro teve que retirar R$ 1,3 bilhão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para devolver ao BNDES. Em 2019 mais R$ 1,5 bilhão.
Minha opinião (que você pode ter outra): não concordo que o dinheiro suado do meu trabalho seja usado para “doações” a governantes amigos e alinhados ideologicamente. E o mais sério, parte dos recursos usados para corrupção!
Este poderia ter sido o tema importantes na hora de decidir seu voto, mas o TSE proibiu qualquer falas neste sentido.
Se favorável ou não a tais empréstimos, poderia ter sido o indicativo para sua escolha!