SMPM
Dados relatam que os números de casos de violência doméstica têm se tornado crescentes por conta das denúncias
Por Kalyne Cunha
Durante o mês de março a Prefeitura, por meio da Secretaria de Políticas para Mulher (SMPM) têm realizado palestras e rodas de conversa em alusão ao mês em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, com objetivo de promover a ruptura de situações de violência contra a mulher. Ação foi realizada em parceria com o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) de Coquelândia, dia 25, no auditório da Unidade Básica de Saúde (UBS), no Povoado Coquelândia com o tema, Mulher: Protagonista de sua própria história.
Secretária da SMPM, Eva Messias, ressaltou a importância dos serviços oferecidos pelo município para mulheres em situação de violência. “Nosso trabalho é de acolhimento, temos a Casa Abrigo Doutora Ruth Noleto e o Centro de Referência à Mulher (CRAM). Nosso trabalho está voltado, também, a orientação sobre seus direitos promovendo a possibilidade da ruptura de violência”.
Uma das palestrantes da ação, a psicóloga Gláucia Guimarães, fez um panorama atual em relação às denúncias encaminhadas por mulheres em situação de violência. “Algumas mulheres conseguem reunir todas as forças e tomam coragem para sair dessa situação denunciando, mas há outras que não conseguem porque escolhem não denunciar ou até denunciam, mas reatam a relação afetiva com o agressor”.
A pedagoga Izza Lima, que também palestrou na ação, relatou os tipos de violência e canais de auxílio para combate. “Dados relatam que os números de casos de violência doméstica têm se tornado cada vez maiores. Mas não é que a violência esteja aumentando, e sim, as denúncias. Atualmente, muitas mulheres estão em situação de violência e essa situação é bastante comum dentro das famílias, mesmo que muitas vezes não seja levada a público”.
A lei Maria da Penha define cinco formas de violência doméstica e familiar, são elas:
Violência física – ações que ofendam a integridade ou a saúde do corpo como bater ou espancar, empurrar, atirar objetos na direção da mulher, sacudir, chutar, apertar, queimar, cortar ou ferir.
Violência psicológica – ações que causam danos emocionais e diminuição da autoestima, ou que visem degradar ou a controlar seus comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição insistente, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir, ou qualquer outro meio que cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
Violência sexual – ações que forcem a mulher a fazer, manter ou presenciar ato sexual sem ela querer, por meio de força, ameaça ou constrangimento físico, ou moral.
Violência patrimonial – ações que envolvam a retirada de dinheiro conquistado pela mulher com seu próprio trabalho, assim como destruir qualquer patrimônio, bem pessoal ou instrumento profissional.
Violência moral – ações que desonram a mulher diante da sociedade com mentiras ou ofensas, e também acusá-la publicamente de ter praticado crime como xingar diante dos amigos, acusar de algo que não fez e falar coisas que não são verdades sobre ela para os outros.
Denúncias
Para as mulheres que necessitam de auxílio, o atendimento presencial do CRAM fica localizado na Rua Sousa Lima, nº 54, Centro, entre Rui Barbosa e Urbano Santos. Telefone e WhatsApp para contato é o (99) 99193-1717.
Como canais para denúncia há a Central de Atendimento à Mulher através do 180 que presta escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço fornece informações sobre os direitos da mulher, bem como locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24h em todo território nacional todos os dias da semana.
Já em situação de perigo imediato, ligue para a Polícia Militar no 190.
ASCOM/ITZ